sexta-feira, março 19

A IMPORTÂNCIA DO REPOUSO

"Vinde vós, aqui à parte, ... e repousai um pouco" (Mc 6:31).

       Após um período de árduo labor, os discípulos voltaram à companhia de Jesus. Haviam completado uma agitada jornada missionária e agora, extenuados, compareceram à presença do Salvador. O compassivo Nazareno, contemplando aqueles vacilantes galileus, quase vencidos pela fadiga, disse-lhes: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco."

       Uma bateria de automóvel tem um limite de resistência. Quando a carga que se lhe aplica ultrapassa esse limite, as camadas interiores se desintegram. Do mesmo modo, a mente e o corpo humanos têm um limite de resistência. Se os sobrecarregamos demasiadamente, provocamos o rompimento do equilíbrio nervoso.

       Devemos, pois, cultivar a arte do repouso, tendo em vista o reabastecimento das energias combalidas e a restauração do vigor debilitado nas lutas pela sobrevivência.

       Uma noite de tranquilo e reconfortante descanso constitui uma necessidade imperativa na vida do homem. Entretanto, alguns de nós, após o repouso da noite, despertamos pela manhã cansados, abatidos e indispostos. Dormimos, é certo, sem interrupções durante a noite inteira, porém levantamos fatigados e sem entusiasmo para as lutas do dia. Isso naturalmente ocorre quando, depois de um dia de intensa e extenuante atividade, vamos à cama com os nervos tensos e a mente assoberbada com os múltiplos problemas. E é evidente que, quando o espírito não repousa, o corpo não desfruta em sua plenitude os benefícios do sono.

       Necessitamos, portanto, após as atividades do dia, refrear a imaginação e liberar a mente de todas as ansiedades, cuidados e aflições que impedem o completo relaxamento dos músculos e a repousante tranquilidade do espírito.

       Porém, existe outro descanso que o nosso organismo também reclama: o repouso semanal. Para satisfazer essa necessidade, Deus instituiu o sábado. Observando-o, livramo-nos das pressões, tensões e frustrações que nos desgastam, e fruímos uma doce paz ao incluir a presença de Deus em nossa vida. A presença de Cristo acalmou a tempestade no Mar da Galileia (Mt 8:23-26). E a segurança de Sua presença, especialmente no dia por Ele santificado, produz paz e tranquilidade em nossa vida atribulada.

       Quando pomos de lado os nossos trabalhos e ansiedades para encontrar-nos na quietude de nossa alma com o Deus invisível, oferecemos a Ele o culto indiviso de nosso coração. — Enoch de Oliveira, Bom dia, Senhor [MM 1990], p. 12.

Feliz Sábado: Alegria completa somente na
presença de Deus, p. 5.

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